Existe o grupo de pessoas que defende que precisamos nos aceitar como somos. “seja você mesmo”, é sua frase principal. Realmente, precisamos nos aceitar e sermos quem somos, sem viver para agradar a todos. O problema é quando este grupo vai para o extremo de não acreditar que precisa melhorar na forma de tratar as pessoas, não precisa desenvolver alguma habilidade que já tem, não precisa se vestir um pouco melhor, emagrecer um pouco, etc.

Já existe o outro grupo que defende que precisamos mudar. Sempre lutando para melhorar, crescer profissionalmente, crescer no conhecimento, cuidam do físico, cuidam da alma, cuidam de tudo e além de cuidar buscam progredir. O problema é quando este grupo vai para o extremo de buscar a perfeição e se desgasta, se cobra, se sente sempre abaixo das expectativas, se compara com todos seus referenciais, nunca está bom, nunca está no lugar certo, nunca está bonito o suficiente.

Então, em qual grupo precisamos estar? Simplesmente nos aceitar, ou lutar para progredir?

A verdade é que o ser humano foi feito para ser amado – como diz o livro “A Cabana” – assim como os pássaros precisam voar, os seres humanos precisam ser amados.

Precisamos urgentemente entender e receber o amor de Deus, e seu amor não depende de nossas conquistas. Quem entende o amor de Deus é livre em sua identidade, em sua personalidade, e isso faz com que consigamos mais facilmente conquistar o que o Senhor tem para conquistarmos.

Então, precisamos entender o equilíbrio entre “se aceitar” e “mudar”. Sim, precisamos receber o amor de Deus e nos aceitar, mas essa aceitação, que lança fora toda rejeição, toda comparação, toda cobrança, nos impulsionará a crescer, não por cobrança ou perfeccionismo, mas por oportunidade, por presente vindo da parte de Deus.

 

Pr. Jonathas L. Miguel